
sobre.
O Acervo da Laje tem sua origem na pesquisa sobre artistas invisíveis, desenvolvida pelo pesquisador José Eduardo Ferreira Santos, em colaboração com o fotógrafo Marco Iluminatti e Vilma Soares Ferreira Santos. Iniciada em 2010, essa pesquisa se mostrou urgente, refletindo a necessidade de dar visibilidade à memória da periferia, com foco especial no Subúrbio Ferroviário de Salvador, uma área frequentemente esquecida, negligenciada e invisibilizada — razão pela qual recebeu esse nome. A pesquisa foi iniciada logo após José Eduardo concluir seus estudos sobre a violência no Subúrbio, uma região soteropolitana marginalizada, historicamente marcada por estigmas ligados à segurança pública, entre outros desafios. Realizados de forma independente e sem financiamento, os estudos receberam o título "A Invisibilidade dos Trabalhadores da Beleza: Os Artistas do SFS", evidenciando a invisibilidade imposta pela separação entre a cidade de Salvador e seu Subúrbio, um processo que apaga as histórias e as contribuições culturais desses locais. Desde então, o Acervo da Laje tem se dedicado, ao longo dos anos, à valorização, preservação e difusão do trabalho desses artistas, tornando-se uma ferramenta essencial para resgatar e fortalecer a memória da periferia, muitas vezes subestimada ou ignorada pela narrativa oficial.
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Texto de Caroline Souza a partir do artigo "Artistas Invisíveis da Periferia de Salvador", escrito por José Eduardo Ferreira Santos.
Este projeto foi fomentado pelo PROGRAMA FUNARTE DE APOIO A AÇÕES CONTINUADAS 2023
